sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um outro olhar para um mesmo final (ou aprendendo a interpretar textos de outra forma ou como reagir melhor diante de surpresas e do imprevisível)

Luis Fernando Veríssimo, meu autor brasileiro preferido. Acostumada a ler suas crônicas, descobri um romance seu e fui ler. Os Espiões. Desde o início, a história te prende, o mistério em volta de Ariadne. Chega um momento em que eu não conseguia mais parar de ler, precisava descobrir o final da história. E o fim, confesso que a princípio, me decepcionou. Me pareceu que o Veríssimo havia perdido o rumo da história, não sabia como terminar e fez aquele final – que eu considerei imprevisível e bobo (a história me prendeu tanto, me senti tão envolvida pra terminar daquele jeito?!).
Fiquei revoltada, reclamei com minha mãe que havia ficado decepcionada. Logo o Veríssimo pra fazer uma coisa dessas?
Então, por um acaso do destino, no dia seguinte me deparei com a seguinte matéria: “Dicas para escrever bem e fazer rir (ou como diminuir a quantidade de porcaria na internet)” no site Papo de Homem. Um dos tópicos citados pelo autor, explicava sobre ‘suspense’ e ‘surpresa’ em uma história. Diz que o suspense prende e a surpresa vem no fim; liberta o leitor. Sensato.
A partir daí, interpretei “Os Espiões” com outros olhos. O final do livro foi realmente uma surpresa, não?
Tudo fez mais sentido e percebi que o fim não foi tão ruim assim. E Luis Fernando Veríssimo continua sendo o meu autor preferido (não que ele tenha deixado de ser em algum momento).
=)


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