quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Micro conto

Era um acontecimento cotidiano, banal. Apenas duas pessoas caminhando e durava alguns segundos. Era o tempo em que ela passava por ele diariamente, no mesmo horário, a caminho do trabalho. Mas para ela, era como aquele clichê sobre segundos que como uma eternidade. Era o curto espaço de tempo em que seus caminhos se cruzavam. A troca de olhares, de poucas palavras (“Oi, tudo bem?”) ao mesmo tempo em que ela sentia como se fosse capaz de enxergar a alma dele através daqueles olhos azuis claros. Segundos que sua imaginação produzia uma cena completamente diferente, uma situação diferente. E, antes que pudesse voltar à realidade, ele já havia passado por ela e seguia seu caminho. E ela já imaginando o nome dos filhos...

domingo, 29 de maio de 2011

Futebol



Todo mundo sabe que futebol é paixão nacional. Mais apaixonados que os brasileiros, na minha opinião, só os ingleses. Sério. Sugiro que você que está lendo assista um jogo do campeonato inglês. Talvez um jogo do Manchester United – meu preferido –, do Liverpool ou do Chelsea. Observe como é lindo o estádio LOTADO (sim, no Brasil os times também movem multidões, lotam estádios, cantam e apóiam o time), a grama maravilhosamente tratada e obviamente, o jogo.
Pra mim, futebol é mais que gol, é arte.
Falo dos lances, das jogadas, a troca de passes, os dribles. Gols, sim, são importantes. Mas aquelas cobranças de falta perfeitas, as defesas milagrosas, o lançamento milimétrico, gol olímpico (direto da cobrança de escanteio), o gol de cobertura, no ângulo, o voleio, de letra, a bicicleta... a arte e a poesia do esporte bretão.
Como o Skank canta, “que coisa linda é uma partida de futebol”

domingo, 22 de maio de 2011

O que é bom?

Acho que isso é sinal de que estou envelhecendo mesmo. Já mencionei isso no meu post “Nostalgias” ano passado mas, como falei no meu último post sobre a época que eu lia Capricho, resolvi falar sobre minhas referências de alguns anos atrás.
Eu tinha uma coleção de revistas Capricho há uns 9 anos atrás. Ela começou quando uma prima minha me deu umas revistas antigas dela, lá de 1993 e cara!, a revista era enoorme, editoriais de moda lindos, matérias interessantes MESMO. Com o passar dos anos a revista foi ficando mais cara e com o conteúdo mais inútil. Na época que eu lia (assim como hoje em dia) as capas eram sempre assuntos da moda: Backstreet Boys, Harry Potter, Britney, The O.C., RBD (ok, aí já notamos uma queda de nível rs), etc. Hoje em dia as capas são Miley Cyrus, Demi Lovato, Justin Bieber, Glee, colírios.
Tudo bem que o que eu gostava naquela época não faz mais sucesso hoje em dia. O tempo passa, as coisas mudam, né? Mas ainda acho que a qualidade do que era produzido era melhor. E mais! Acho que a qualidade do que é produzido vem caindo gradativamente. Acompanhe meu raciocínio: Queen >>> Backstreet Boys >>> Restart. (hahaha, na verdade não tem comparação entre um e outro, né? Mas deu pra entender minha linha de pensamento.). E tenho certeza que se eu falar pra uma menina de uns 13, 14 anos que Restart é uma bosta e que Backstreet Boys era muito melhor, há uma grande chance dela me xingar. Obvio, isso faz parte da cultura dela atualmente, assim como BSB foi a minha. O que é bom pra mim, pode ser um lixo para os outros e vice-versa.
Enfim, as meninas que lêem Capricho hoje em dia tem a mesma idade que eu tinha na época que eu lia Capricho. O que me faz pensar que é só uma fase. É o que me faz ter esperança no futuro. Hahahaha.

domingo, 15 de maio de 2011

Crônicas

Tudo começou com uma coluna que o Antônio Prata tinha na Capricho, há alguns anos atrás (quando a revista era boa - ou quando eu tinha idade para achar ela boa, mas acho que isso rende outro post). Então surgiu Luis Fernando Veríssimo na minha vida e, mais recentemente, o pai do Antônio, Mário Prata.
E sempre achei lindo a facilidade que eles tinham - e ainda têm - de contar história, discutir, sobre vários assuntos, fazer humor com coisas simples, do cotidiano.
Admito que já tentei escrever crônicas, escrever qualquer coisa. Não deu certo. Da pra perceber por este blog. ;)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um outro olhar para um mesmo final (ou aprendendo a interpretar textos de outra forma ou como reagir melhor diante de surpresas e do imprevisível)

Luis Fernando Veríssimo, meu autor brasileiro preferido. Acostumada a ler suas crônicas, descobri um romance seu e fui ler. Os Espiões. Desde o início, a história te prende, o mistério em volta de Ariadne. Chega um momento em que eu não conseguia mais parar de ler, precisava descobrir o final da história. E o fim, confesso que a princípio, me decepcionou. Me pareceu que o Veríssimo havia perdido o rumo da história, não sabia como terminar e fez aquele final – que eu considerei imprevisível e bobo (a história me prendeu tanto, me senti tão envolvida pra terminar daquele jeito?!).
Fiquei revoltada, reclamei com minha mãe que havia ficado decepcionada. Logo o Veríssimo pra fazer uma coisa dessas?
Então, por um acaso do destino, no dia seguinte me deparei com a seguinte matéria: “Dicas para escrever bem e fazer rir (ou como diminuir a quantidade de porcaria na internet)” no site Papo de Homem. Um dos tópicos citados pelo autor, explicava sobre ‘suspense’ e ‘surpresa’ em uma história. Diz que o suspense prende e a surpresa vem no fim; liberta o leitor. Sensato.
A partir daí, interpretei “Os Espiões” com outros olhos. O final do livro foi realmente uma surpresa, não?
Tudo fez mais sentido e percebi que o fim não foi tão ruim assim. E Luis Fernando Veríssimo continua sendo o meu autor preferido (não que ele tenha deixado de ser em algum momento).
=)


domingo, 5 de dezembro de 2010

Qual é a música da sua vida?

Me deparei com essa questão por acaso, há uma semana, no aniversário de uma amiga. O assunto girava em torno de shows, bandas e música favoritas e um "amiguinho" (risos) levantou a pergunta: "Qual música te despertou para a vida?" Uau, pergunta meio complexa. Achei que ia demorar a responder, se é que eu fosse conseguir respondê-la. Afinal, uma música que me traduziria não poderia ser qualquer uma. Teria que ser uma que eu cantasse com todo o ar dos meus pulmões e que me arrepiasse toda a vez que eu a ouvisse.
Aí eu lembrei de que foi em 2004, enquanto eu mudava as estações do rádio (pra procurar alguma música que me agradasse) que eu reconheci a voz do Chris Martin na OI FM, mas eu não conhecia a música. Decorei uns trechos, pesquisei na internet e descobri: SHIVER, a segunda música do primeiro álbum do Coldplay, Parachutes. Surgiu aí também a paixão avassaladora pela banda britânica que eu conhecia pelos singles Yellow, In My Place, Fix You, Clocks, Trouble e Speed of Sound.
Shiver foi e ainda é trilha sonora pros mais variados momentos da minha vida. Tenho ótimas recordações dessa música. E a melhor de todas é, lógico, tê-la escutado ao vivo esse ano.

"But on and on / From the moment I wake to the moment I sleep / I'll be there, by your side"

Don’t you shiver?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Oasis

Depois do meu palpite furado que a Alemanha ganharia a Copa (um polvo - com seus nove cérebros - escolheu melhor que eu), no fim do último post, eu pensei em fazer um post sobre a final da Copa (afinal fiz um sobre o início e outro sobre as quartas de final) que a Espanha ganhou domingo passado, contra a seleção da Holanda. Achei bem legal, tava torcendo pela Espanha (principalmente porque a Holanda quem "nos eliminou"), ela foi campeã pela na primeira vez que foi pra final. :)

Pensei também em fazer um post sobre a monstruosidade do caso do goleiro Bruno, principal suspeito da morte da estudante (e ex-amante) Eliza Samudio, que queria apenas que ele assumisse a paternidade do filho dela.


Mas resolvi fazer sobre uma banda inglesa, Oasis, formada por dois irmãos em 1994, que brigavam muito entre si, fizeram algumas declarações polemicas e que anunciaram seu fim em 2009.
Recentemente descobri que gosto muito.
Já conhecia a banda há algum tempo (quem nunca ouviu "Wonderwall", "Stand by Me" e "Don't Look Back in Anger" ou, ainda, "Stop Cryin' Your Heart Out" - que toca no fim de Efeito Borboleta - que atire a primeira pedra.) até que um belo dia encontrei umas músicas aleatórias no meu computador que logo foram parar no meu mp3. Junte isso a alguns comentários de pessoas que eu sigo no twitter ao comentário do Lionel Messi que, se a Argentina ganhasse a Copa ele reuniria a banda para tocar na festa de comemoração do título (leia aqui ) - fato que foi logo desmentido por ele (leia aqui). E também ao maravilhoso sotaque britânico de Liam Gallagher. *--*
Tudo começou com uma banda chamada The Rain, formada por Liam e outros três companheiros (Paul McGuigan, Paul Arthurs e Tony McCaroll) e Noel compareceu a um show para curtir a performance da banda. Ao final da apresentação, Liam perguntou à Noel o que ele tinha achado.... "a banda á boa, mas as músicas são uma merda" - "então faça melhor...", e assim, estava formado o grupo, que em breve se tornaria sucesso na Inglaterra e no mundo.
A banda é fortemente influenciada pelos Beatles, fato que a imprensa inglesa caracteriza quase como uma "obssessão".
A banda lançou sete álbuns de estúdio: Definitely Maybe (1994), (What's the Story) Morning Glory? (1995), Be Here Now (1997), Standing on the Shoulder of Giants (2000), Heathen Chemistry (2002), Don't Believe the Truth (2005) e Dig Out Your Soul (2008) e uma coletânea Time Flies (2010) com 27 hits dos 15 anos da banda.
Em agosto de 2009, Noel disse em nota oficial ao site da banda que estava se desligando do grupo, "com tristeza e alívio", por desentendimentos com o irmão. Noel disse que "não poderia trabalhar nem mais um dia com Liam". Liam em outubro oficializou o fim da banda e, dois meses depois voltou atrás, dizendo que a banda continuaria sem Noel e que adotaria um novo nome. Em maio desse ano, Liam anunciou que a sua banda se chama Beady Eye e que lançará um album em outubro colocando um ponto final no Oasis.

Segue abaixo algumas curiosidades e citações dos irmãos Gallagher: :D

- A vida escolar de Noel foi muito problemática. Ele sofria de dislexia - dificuldade de memorizar - e as escolas de Manchester eram muito ruins. "A escola nunca representou muita coisa para mim. Desde cedo sabia o que o que queria ser. Eu queria ser músico", disse Noel.
- Liam acredita que o espírito de John está dentro dele. Ele disse que há alguns anos teve uma experiência em que saiu de seu corpo e o espírito de John Lennon se juntou a ele.
- No encarte do álbum Be Here Now, há a foto de um cartaz com os seguintes dizeres: "Os Beatles eram bons, mas o Oasis é muito melhor!".
- "O Oasis é incapaz de fazer um show ruim. Para o público, o show sempre será bom, porque ver a gente de perto é a coisa mais importante na vida deles" - Liam Gallagher
- "Dentre as 50 melhores cançoes de rock de todos os tempos, 49 são dos Beatles. A outra? Wonderwall" - Noel Gallagher
- "Disciplina? Eu não sei o significado dessa palavra" - Liam Gallagher
- "Nós não somos arrogantes, nós só achamos que somos a melhor banda do mundo" - Noel Gallagher

E opniões dos outros sobre a banda:

- "Eu amo Oasis. Eu amo o fato deles poderem sempre me manter bem humorada e entretida" - Sheryl Crow
- "Tenho que admitir, o Oasis é a segunda melhor banda do mundo." - Billie Joe Armstrong (Green Day)